segunda-feira, 29 de junho de 2015

INSENSIBILIDADE EM RELAÇÃO À FÉ








INSENSIBILIDADE EM RELAÇÃO À FÉ



De acordo com o senso comum, não há dúvidas de que servir em prol do bem-estar social e fazer feliz o próximo são boas ações. Por conseguinte, deveria ser próprio da natureza humana apoiá-las e ter vontade de Servir; entretanto, por incrível que pareça, freqüentemente vejo pessoas que agem friamente com referência a essa questão. Parece que não se interessam por aquilo que não lhes diz respeito, nem pelo bem da sociedade. Para elas, estas coisas só as fazem perder tempo; em tudo, o que importa mesmo são elas próprias; se tiverem lucros, está ótimo. Acham que agir assim é que é ser inteligente, pois, de outro modo, é impossível ganhar dinheiro ou subir na vida. De fato, o mundo é engraçado, porque pessoas desse tipo é que são tidas como espertas.
Criaturas assim pensam de forma calculada e materialista quando deparam com qualquer sofrimento. No caso de ficarem doentes, por exemplo, basta-lhes consultar um médico; em assuntos complicados, basta-lhes pedir ajuda à Lei; a quem não lhes obedece, bastam carões ou castigos. Dessa forma, simplesmente acomodam os problemas. Como acham que, se estiverem bem, não importa como estejam os outros, procuram comodidade apenas para si. Ora, por não pensarem também no próximo, não são merecedores de estima nem de consideração. Os que se juntam à sua volta são interesseiros, e por isso, quando a situação começa a piorar, todos se afastam. É natural que, justamente para tais pessoas, problemas e sofrimentos sejam uma constante. Quando tudo principia a correr mal e fracassar, elas se afobam, tentando recuperar-se com suas próprias forças; forçam a situação que já estava forçada e, assim, acabam num estado calamitoso, nunca mais voltando ao que eram antes.
Exemplos como esses são muito freqüentes na sociedade. Obviamente, pessoas desse tipo não querem nem ouvir falar em Fé. Acham que Deus não existe, que tudo não passa de superstição, ou que Deus existe dentro de cada um. Além de se jactarem de também serem deuses, dizem que gastar tempo e dinheiro com semelhantes coisas é a maior tolice que existe. Acham que a Fé não passa de consolo mental para covardes ou passatempo de quem não tem nada a fazer.
Consideramos tais pessoas insensíveis em relação à Fé.


8 de abril de 1950

SOBRE A CANALIZAÇÃO DO JOHREI / AUTO JOHREI





A respeito da Luz canalizada pela palma da mão, gostaria de saber:
a) Ultrapassa diretamente o corpo de quem a recebe ou faz alguma curva?
b) Considerando-se nervos, músculos e ossos, a Luz se espalha ou pende para um ou outro lado?
c) Dependendo da espécie de nuvens espirituais ou da densidade das impurezas, a Luz pode fazer uma curva, voltar e perder sua intensidade?
d) A palma da mão precisa estar direcionada para o local onde se localiza o problema?
Meishu Sama - É óbvio que a Luz segue em linha reta, sem fazer curvas, e daí a necessidade de o ministrante detectar, primeiro, o ponto focal do problema, justamente para que a irradiação atinja diretamente o local afetado, purificando-o. E uma vez que essa região já esteja limpa, na outra parte do corpo físico ligada anteriormente a essa que apresentava o problema também terá início o processo de dissolução de toxinas.
E devido a esse fenômeno é que, equivocadamente, imagina-se que a Luz faça uma curva. Na verdade, ela apenas atinge a outra parte correspondente à região que antes manifestava alguma enfermidade, e é a esse processo que se dá o nome de Purificação Espontânea Equilibrada. Vejamos então alguns exemplos, para melhor compreensão: ao serem eliminadas as toxinas das costas, em seguida e na mesma proporção, irão ser dissolvidas também aquelas existentes no abdômen, estabelecendo-se, dessa forma, o equilíbrio entre as partes de trás e da frente. Situação idêntica ocorre no que diz respeito a ombros e pernas. Se o lado direito apresentar problemas e receber Johrei, os sintomas passarão a ser sentidos no lado esquerdo, quer dizer: as toxinas da outra parte interligada à que apresentava algum distúrbio começarão a ser eliminadas, para que o equilíbrio perfeito seja mantido. Isso acontece com qualquer parte do corpo, e então, aos poucos, todas as toxinas nele existentes acabam sendo dissolvidas, até atingir-se a cura completa.
Contudo, a medicina costuma tratar cada órgão separadamente. Ridículo! Por exemplo, muitas vezes, uma dor de cabeça é sinal de que alguma parte do corpo apresenta qualquer problema, o que quer dizer que uma causa mais profunda é que dá origem a um transtorno na região da cabeça. Certa vez, um de meus serviçais veio até mim com dor de dente e, ao examiná-lo, constatei que estava eliminando toxinas decorrentes de uma cirurgia de apêndice. Uma outra pessoa apresentava como causa de sua tuberculose um problema originário das virilhas.
A Luz Divina descreve uma projeção em linha reta, não faz curvas, tampouco retorna para o ministrante. Nesse ponto, ela difere da teoria de Einstein, segundo a qual, ao se projetar, a luz pode realizar uma curvatura, dependendo das circunstâncias. No caso do Johrei, quando ministrado corretamente, a Luz penetra o corpo da pessoa, inclusive chegando a ultrapassá-lo, e se expande pelo Universo, num processo semelhante ao que ocorre com a luz de um farol.

Retirado do livro “A Arte do Johrei – volume II”, páginas 121 à 123. Editora Lux Oriens.


AUTO JOHREI


"Quando for ministrar o Johrei a si próprio, o ponto mais importante são os ombros. Essa região costuma apresentar pontos rígidos, por isso basta ministrar aí. Caso haja solidificações bem pequenas, transmita a energia espiritual do Johrei com a ponta do dedo médio. Como sempre digo, não se deve encostar o dedo. Apóie os dois dedos [indicador e anular] assim, e transmita a energia com o dedo médio."
(5 de julho de 1953)

"[Sem encostar a mão], ministre o Johrei com a mão afastada. (...) Caso tenha de encostá-la, faça assim, (ministrar a terapia com a ponta do dedo médio, fazendo um apoio com os dedos indicador e anular).
(23 de maio de 1949)

Retirado do livro "Curso de Terapia Okada - MOA"


SERMÃO, JOHREI E FELICIDADE



Desde os tempos antigos, as religiões sempre se basearam em dogmas, transmitindo-os através de sermões. Em nossa Igreja – os messiânicos o sabem – quase não se utiliza esse recurso. Vou explicar por quê, levando em conta que alguns fiéis ficam embaraçados quando estranhos lhes fazem perguntas sobre o assunto.
A finalidade da Religião é eliminar erros e incentivar a prática das virtudes. Contudo, essa prática só é realmente possível quando as máculas espirituais são eliminadas. Uma vez que o espírito esteja purificado, cessarão os atos condenáveis e a pessoa se tornará honrada, útil ao seu meio social e a toda a humanidade.
Os sermões são processos purificadores que agem através do sentido da audição. Os livros sagrados, como a Bíblia, a sutra budista, e os ensinamentos de várias religiões, agem mediante o sentido da visão e o espírito das palavras. A Igreja Messiânica Mundial também se utiliza desses meios, mas possui ainda o processo purificador denominado Johrei.
O Johrei não visa curar doenças; é, antes, um método de criar felicidade. Ele não pode ter como objetivo a cura das doenças, porque estas são formas de purificação; sua finalidade é eliminar as máculas do espírito. O resultado da erradicação dessas máculas é a extinção dos sofrimentos humanos.
Costumo ensinar que a doença, a pobreza e o conflito são processos purificadores. A doença é o principal, porque afeta a própria base da vida. Quando conseguirmos vencê-la, também solucionaremos o problema da pobreza e do conflito. Portanto, a base da felicidade é a eliminação das máculas espirituais. O Johrei é o método mais simples e infalível para erradicá-las. É, pois, evidente que ele não visa a própria doença, e sim as suas causas.
Como já escrevi em outras oportunidades, o corpo material do homem vive no Mundo Material, e o espírito, no Mundo Espiritual. Sendo assim, a situação do Mundo Espiritual influi sobre o espírito e se reflete sobre o corpo, de modo que o destino do homem se origina no Mundo Espiritual.
O Mundo Espiritual está dividido em três planos: Superior, Intermediário e Inferior. Cada plano é constituído de três níveis, e cada nível se subdivide em vinte camadas. Ao todo, são cento e oitenta camadas, mais uma – acima de todas – ocupada por Deus. Temos, pois, cento e oitenta e uma camadas. Qualquer entidade, por mais elevada que seja, acha-se numa das cento e oitenta camadas.
Essa explicação tem por base o sentido vertical. Horizontalmente, a extensão de cada plano varia no sentido do Inferno até o Céu.
Suponhamos que um espírito se encontre no nível inferior do Plano Inferior; isto significa que ele se acha no fundo do Inferno. Como nesse local o sofrimento do espírito é muito intenso, há terrível reflexo sobre o corpo físico, que passa a ser espantosamente atormentado. No nível médio do Plano Inferior, o reflexo é menos danoso. Então o sofrimento se torna mais suave, mais tolerável. E assim por diante. Os padecimentos variam de acordo com a posição do espírito nas várias camadas do Mundo Espiritual.
Ultrapassando-se as sessenta camadas do Plano Inferior, atinge-se o Plano Intermediário, que corresponde à vida na Terra. Acima do Plano Intermediário está o Plano Superior, o Reino dos Céus, onde se acham os anjos e onde se pode desfrutar uma vida de felicidade.
Como se vê, a posição em que se acha o espírito de uma pessoa reflete-se no seu destino. Por isso, devemos esforçar-nos para elevar o nosso nível espiritual, o que significa reduzir os nossos sofrimentos e, proporcionalmente, aumentar a nossa felicidade. Assim, não mais serão necessários os sofrimentos purificadores. É inútil apelar para a inteligência e envidar esforços enquanto o espírito estiver no Plano Inferior, porque esta é a Lei de Deus. E a Lei do Espírito Precede a Matéria também é inviolável.
Concluímos, portanto que, para ser feliz, é necessário crer em Deus Absoluto, adorá-Lo, compreender e praticar a Sua Vontade, somar méritos e purificar o espírito de modo que o seu habitat espiritual se eleve ao Céu. Não há outro processo para alcançarmos a felicidade, e nisso reside o profundo significado do Johrei.

Alicerce do Paraiso vol. 1 - 25 de março de 1952