"Gostaria de cultivar doravante, o espírito de gratidão por todas as coisas que, aliás, nos são inseparáveis, e também o desejo de juntos retornarmos à origem da vida. Acredito que alcançando a consciência de que somos representantes de todas as coisas e de toda a humanidade, que se encontram inseparáveis, aí sim, podemos realmente servir a Deus como “seus representantes”.
Para nos tornarmos verdadeiramente condizentes a “representantes de Deus”, devemos libertar-nos dos conflitos opostos que existem na natureza humana, isto é, a idas e a vindas dos dois sentimentos antagônicos do Bem o do Mal.
Agir com melhores sentimentos, creio eu, é algo importante, mas por mais que desejamos tornar perfeita a natureza humana apenas neste mundo, isto não é possível.
Mesmo que desejamos manter sempre bons sentimentos como espírito de fé, makoto, gratidão e amor altruísta, somos infalivelmente perseguidos pelos sentimentos contrários.
Isto porque, a nossa autoconsciência e a sua manifestação que é a natureza humana, são produtos do mundo criado. E o Mundo Material, que é criado, é um local finito onde as forças do Bem e do Mal estão sempre em conflito; é um mundo limitado onde as coisas são separadas e determinadas.
Para obtermos a permissão de viver no Paraíso, onde podemos seguir o caminho da vida eterna, apesar de ser uma atitude realmente egoística, não há outra alternativa a não ser
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pedir para o Supremo Deus, a origem de toda a vida, que aceite esta nossa natureza humana, criando e educando-nos.
Acredito que a determinação de seguir voltado a esse objetivo, é a fé que devo ter e, perdendo essa fé, não conseguirei alcançar o resultado final que objetivei como ser humano.
Então, como devemos proceder para que o Supremo Deus aceite essa nossa natureza humana imperfeita?
É nesse ponto que existe o grande significado de Meishu-Sama que nasceu de novo na mesma vida, como Salvador (Messias).
Nós afirmamos que os ensinamentos são de Meishu-Sama, mas na verdade são do Supremo Deus. Precisamos estar conscientes de que, os ensinamentos que recebemos foram concedidos pelo Supremo Deus.
Creio que Meishu-Sama concedeu-nos os ensinamentos do Supremo Deus, de acordo com a capacidade e condição das pessoas de cada época.
Meishu-Sama ditou pessoalmente os ensinamentos e depois revisou-os diversas vezes. Da mesma forma que nós tratamos as suas caligrafias com todo respeito e cuidado, Meishu-Sama tratava aqueles ensinamentos com cuidado especial, guardando-os numa caixa exclusiva.
Ele não se limitou apenas a esse procedimento, mas denominando aqueles textos de “Goshinsho“ (ensinamentos sagrados) ou “Kami-no-fumi” (escrituras de Deus) ” e ensinou aos membros a importância de ler os mesmos, exaustivamente."
(Kyoshu-Sama)