Estou sempre ensinando que é preciso entregar-se a Deus. E entregar-se totalmente a Deus quer dizer não se preocupar com o que quer que venha a acontecer.
Isto, dito assim, pode parecer muito simples, mas na verdade não é nada fácil. E hoje em dia, neste mundo maligno, chega a ser quase impossível. Eu mesmo, quando alcancei um certo nível espiritual, nem sempre conseguia furtar-me completamente às preocupações, por mais que meesforçasse.
Mas aquele que conhece a Deus tem uma vantagem: quando surge algo que possa preocupá-lo, logo se lembra de entregar tudo a Deus e sente-se aliviado.
Há um ponto muito importante que geralmente passa despercebido. Do ponto de vista espiritual, o próprio pensamento da preocupação é uma espécie de apego, ou seja, o apego à preocupação. Este apego à preocupação constitui um empecilho, pois exerce má influência sobre tudo.
O mesmo ocorre com o Johrei. Quando se quer curar um doente a todo custo, a recuperação é difícil. Mas quando o Johrei é ministrado com despreocupação e o próprio doente se dispõe apenas a tentar, sem saber se irá ou não curar-se, o efeito é geralmente rápido e inesperado.
Há também casos em que a moléstia se agrava cada vez mais, embora o paciente deseje ardentemente a cura e os parentes queiram salvá-lo a todo custo. Mas quando se resignam e perdem as esperanças, o enfermo começa a melhorar rapidamente e se salva.
Por esses exemplos, devemos saber que quando as coisas não correm bem, a causa, na maioria das vezes, está no apego. Como sempre digo, é preciso ter em mira o efeito oposto. É a ironia das ironias, mas é a pura verdade.