quarta-feira, 8 de julho de 2015

JOHREI e FELICIDADE


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Aparentemente a finalidade do Johrei é a cura das doenças. Mas, na verdade, o seu objetivo é muito mais amplo. Em síntese, Johrei é uma maneira de criar felicidade. Em termos simples, o Johrei cura as enfermidades porque dissipa a sua causa, que são as núvens espirituais. Mas ao purificar o corpo espiritual de suas nuvens, o Johrei elimina, simultaneamente, todos os sofrimentos do ser humano. Porque a pobreza e o conflito também são manifestações da ação purificadora, que se apresenta sob forma de doença, pobreza e conflito. Dentre as purificações, entretanto, a pricipal é a doença, porque afeta a própria vida. Portanto, resolvido o problema da doença, a pobreza e os conflitos também o serão. Este é o princípio da felicidade.


A causa da infelicidade está nas nuvens espirituais. Isto é bastante claro. A maneira mais simples e decisiva de dissipar as nuvens espirituais é o Johrei, cujo objetivo, repito, não é somente a cura das doenças. Esplicarei melhor esse ponto.

O corpo do ser humano respira do mundo material; o espírito vive no mundo espiritual. O estado do mundo espiritual influencia o corpo espiritual, refletindo-se no corpo físico. Portanto, o destino do ser humano tem suas raízes no mundo espiritual.

Tanto o mundo material como o mundo espiritual apresentam escalas de diferentes graus, dividindo-se em três grandes planos: superior, médio e inferior. Cada um desses três planos se subdivide em 60 graus ou subplanos, formando um total de 180 graus mais um. Um, é o Supremo Deus. Todos os demais espíritos, divinos ou humanos, pertencem a um dos 180 graus ou subplanos restantes. Essa é a classificação vertical. No sentido horizontal, cada subplano forma uma faixa que constitui um mundo à parte. Esses mundos superpostos se estendem desde o inferno até ao céu.

Suponhamos que o espírito de um homem viva num dos 20 subplanos inferiores do plano inferior. Isto equivale ao ponto mais baixo do plano inferior. É um mundo repleto dos piores sofrimentos, que, refletido no corpo material, surge como um estado de sofrimento abismal.

Nos 20 graus imediatamente superiores, o sofrimento já é mais brando. E quando o espírito sobe outros 20 graus, sua situação melhora acentuadamente. Assim, a proporção de alegrias e sofrimentos difere de nível para nível. Ultrapassados os 60 subplanos inferiores, o espírito atinge o plano médio. Isto equivale ao purgatório e corresponde ao mundo material. Mas quando o espírito sobe aos 60 graus superiores, ingressa no mundo celestial, o Reino dos Céus, passando a integrar a categoria dos anjos, que vivem num estado de júbilo perene.

Consequentemente, de acordo com o nível em que se situa o seu espírito, assim será o destino do indivíduo. Por isso, o homem deve esforçar-se para se elevar, ainda que seja de um único grau. Quanto mais se elevar, mais isento ficará de sofrimentos e tanto maior será a sua felicidade.

A RESPEITO DOS SONHOS




Constantemente me fazem perguntas a respeito dos sonhos, por isso vou falar sobre esse tema.

Talvez não haja uma só pessoa que não sonhe, ao dormir. Os sonhos podem ser de vários tipos: mensagens das divindades, avisos do Espírito Guardião, sonhos com pessoas nas quais nem pensamos, sonhos que vêm a se concretizar de forma idêntica ou contrária ao que se sonhou, etc.


A palavra “yume” (sonho) é resultante da condensação de “yumei”, palavra com que se designa o nebuloso mundo após a morte. Isso quer dizer que o espírito se liberta do corpo enquanto dormimos e vai para esse mundo nebuloso. Nessa ocasião, aquilo que temos no nosso subconsciente e os nossos desejos constantes aparecem nas formas mais variadas, sem sentido algum. Quando o espírito se evade para o Mundo Espiritual, fica ligado ao corpo pelo elo espiritual; quando a pessoa acorda, ele volta instantaneamente.

A mensagem das divindades através de sonhos restringe-se às pessoas que têm fé. O espírito Divino que é alvo de sua fé dá-lhes avisos sempre que houver alguma necessidade. Os avisos do Espírito Guardião aparecem geralmente sob forma de alegoria, precisando ser interpretados. Como já disse muitas vezes, o Mundo Material é um reflexo do Mundo Espiritual, onde tudo acontece primeiro. Por isso, nosso Guardião, que está neste último, utiliza-se dos sonhos para nos alertar. Os pressentimentos que temos comumente são avisos seus.

Há alguns pontos que devemos esclarecer. Dizem que não sonhamos quando dormimos profundamente, mas é um engano. Naturalmente, quando estamos muito cansados, não sonhamos; no caso de sono não muito profundo, podemos sonhar. Contudo, não devemos nos preocupar com isso, pois, se sonharmos mesmo nessa circunstância, é porque estamos realmente dormindo. Às vezes eu até chego a sonhar durante um ou dois minutos quando converso com as pessoas, e também quando estou dormindo em pé, no ônibus, porém isso não quer dizer nada.

As pessoas que sonham ficam preocupadas, achando que não são inteligentes, mas isso não é verdade. Eu, por exemplo, quando era jovem, quase não sonhava, e acho que naquela época era menos inteligente do que hoje.

25 de janeiro de 1949


Retirado do livro "Alicerce do Paraíso".