sexta-feira, 10 de julho de 2015

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - A ADVERTÊNCIA DOS ANTEPASSADOS

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Os antepassados desejam a felicidade de seus descendentes e a prosperidade de sua linha familiar. Por conseguinte, não negligenciam sua guarda um instante sequer, impedindo-os de cometerem erros e pecados, ou seja, evitando que trilhem o mau caminho. Se um descendente, induzido pelo demônio, comete uma má ação, aplicam-lhe castigos na forma de acidentes ou doenças, não só como advertência mas também para a limpeza dos pecados cometidos anteriormente. No caso do enriquecimento ilícito por parte do descendente, fazem com que este tenha prejuízos, ocasionando, por exemplo, um incêndio ou outras formas de perda, que lhe esgotam a fortuna. Conforme o pecado, aplica-se também a doença como processo de purificação.
Suponhamos que uma criança contraia gripe. Uma gripe comum seria facilmente solucionada através do JOHREI; nesse caso, entretanto, não se verificam bons resultados. A criança tem vômitos freqüentes, perda de apetite, acentuado enfraquecimento em poucos dias e acaba morrendo. É uma situação estranha, que se enquadra justamente no que falamos acima: advertência dos antepassados. As causas pode ser várias, entre elas o relacionamento amoroso do pai com outra mulher. Se ele não perceber na primeira advertência, poderão ocorrer-lhe sucessivas perdas de filhos. Estes são sacrificados por um prazer passageiro; trata-se, portanto, de uma conduta bastante reprovável. Os antepassados evitam sacrificar o chefe da família por ser ele o seu sustentáculo, de modo que os filhos tomam o seu lugar.
Vejamos outro exemplo. O chefe de uma família, homem de aproximadamente quarenta anos, nunca havia rezado perante o oratório de antepassados que havia em sua casa. Sua filha, preocupada, conversou com um tio, irmão do pai, e transferiu o oratório para a casa dele. Pensando no futuro, o tio foi à casa do irmão e pediu-lhe que reconhecesse, por escrito, a transferência do oratório, que havia sido transmitido por várias gerações e que estava agora sob a sua guarda. O irmão concordou, mas, quando pegou a caneta, sua mão começou a tremer em espasmos, sua língua contraiu-se e ele não conseguiu mais falar nem escrever. Tentaram vários tratamentos sem nenhum resultado, e por fim vieram a um discípulo meu em busca de cura. Lembro-me de ter ouvido dele a história que a filha desse homem lhe contara. No caso em questão, os antepassados não admitiram que o oratório fosse retirado definitivamente da casa do primogênito, que, por tradição, deveria guardá-lo. Se isso acontecesse, a linhagem da família ficaria alterada, podendo, então, ocorrer a sua extinção.

5 de fevereiro de 1947
Alicerce do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - A DOENÇA E O CARÁTER DO HOMEM

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Através da minha larga experiência, constatei que a doença e o caráter do homem se encaixam perfeitamente. Isso se torna bem visível por ocasião do tratamento das doenças. As pessoas de caráter dócil curam-se sem tropeços; nas pessoas simples, a doença também apresenta sintomas simples. Ao contrário, nas criaturas de gênio forte, ela tende a se prolongar. Assim, naquelas que são obstinadas, a doença também o é. Em pessoas cujo comportamento é fácil de mudar, a doença muda facilmente; em pessoas irônicas, ela também toma aspectos irônicos.
Pela razão acima, quando uma pessoa adoece, se fizermos com que ela mude os aspectos negativos do seu caráter, isso influenciará positivamente sobre a cura da doença. O melhor a fazer é as pessoas se tornarem dóceis.



Alicerce do Paraíso. Vol.3


PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - O QUE É O ESTADO LIGEIRAMENTE FEBRIL


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Provavelmente não há ninguém que não apresente um pouco de febre, mas muitas pessoas nem têm consciência disso. Esse estado ligeiramente febril exerce uma forte influência sobre o homem. Vejamos.
O indivíduo sente dor e peso na cabeça, sua capacidade de concentração diminui, torna-se disperso, sua memória enfraquece, não faz nada com afinco, tudo lhe parece difícil, sente o corpo pesado e por qualquer coisa vai para a cama. Além disso, quase não tem apetite, mostra muitas preferências e restrições em matéria de comida, toma muito líquido e irrita-se com facilidade. Como nada lhe vai bem, passa a encarar as coisas com pessimismo. A histeria também é motivada pela febre branda. Essas pessoas são passivas em tudo, preferem o tempo chuvoso ao tempo bom, contraem gripe com freqüência, ficam com o nariz entupido, ouvem zumbidos, suas amígdalas inflamam facilmente, perdem o fôlego ao subir ladeiras ou quando andam rápido, e suas pernas ficam pesadas. Em rápida análise, esse é o quadro que se apresenta, e que não é nada desprezível.
Com tudo o que dissemos, é fácil deduzir que tais indivíduos não se dão bem com os amigos. Aliás, não se dão bem com ninguém, nem com os próprios familiares. No lar, isso se reflete no mau relacionamento entre o casal e entre pais e filhos. Eles tentam impor seus pontos de vista, agem de maneira egoísta e ainda procuram apresentar razões para a sua conduta. A justificativa mais alegada é o liberalismo. Como acham desagradável a vida no lar, facilmente abandonam a família. Ultimamente muitos rapazes e moças têm fugido de casa, e a explicação deve ser a que estamos expondo. Os casos mais trágicos acabam em suicídio coletivo da família.
E não fica por aí. No tocante ao convívio social, muitas pessoas procuram justificativas egoístas para suas condutas e dessa forma criam desarmonia ao seu redor, discutem por motivos insignificantes e brigam sem nenhuma necessidade. Tudo isso é causado pelo excesso de egocentrismo. Parece que tais ocorrências são freqüentes entre os políticos. Mesmo nas associações, em caso de discussão de determinado assunto, há muito falatório, levando-se um tempo enorme para chegar-se a um acordo. Parece que as pessoas não conseguem perceber a causa desses fatos e também não têm interesse nisso.
Numa sociedade complicada como a que acabamos de mencionar, as criaturas estão crivadas de problemas e, logicamente, procuram fugir dos aborrecimentos. Aí vem a bebida. Deve ser por essa razão que, por mais que esta suba de preço, seu consumo não diminui. Além disso, na ânsia de fugir dos problemas, as pessoas acabam procurando diversões que lhes proporcionem fortes estímulos. Os jovens procuram cabarés, discotecas, fliperamas, etc. Os indivíduos de mais idade, desde que tenham algumas posses, procuram refúgio em concubinas ou em relacionamentos de caráter leviano. Assim é que, no mundo atual, proliferam diversões insanas.
Se a origem de um quadro tão sombrio, conforme dissemos, é o estado ligeiramente febril que as pessoas normalmente apresentam, não há nada mais temível que esse estado. Mas qual é a causa da febre? São as toxinas medicinais, as quais se encontram solidificadas em vários pontos do corpo, determinando um processo brando de purificação. Para eliminá-la de verdade, não há absolutamente nada a não ser o JOHREI. À medida que aumentam os fiéis de nossa Igreja, tende a desaparecer o quadro sombrio que descrevemos, não havendo, portanto, a menor dúvida de que surgirá uma sociedade extremamente agradável. Esta é justamente a imagem do Paraíso Terrestre.



5 de setembro de 1951


Alicerce do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - A CAUSA DAS DOENÇAS E O PECADO

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A causa das doenças são os nódulos constituídos pela mistura de sangue sujo e pus, os quais se formam como reflexos das máculas do espírito. Mas de onde surgiram e como vieram essas máculas? Elas se originam dos pecados.
Há dois tipos de pecados: os gerados nesta vida e os hereditários. Estes últimos são o acúmulo global dos pecados cometidos por muitos antepassados; os primeiros representam a soma dos atos pecaminosos praticados pela própria pessoa.
Nós que vivemos atualmente, não somos seres surgidos do nada, sem relação com nada. Na verdade, representamos a síntese de centenas ou milhares de antepassados e existimos na extremidade desse elo. Somos, portanto, seres intermediários de uma seqüência infinita, formando uma existência individualizada no tempo. Em sentido amplo, somos um elo da corrente que une os antepassados com as gerações futuras; em sentido restrito, somos uma peça como a cunha, destinada a firmar a ligação entre nossos pais e nossos filhos.
Para explicar as doenças causadas pelos pecados dos antepassados, preciso falar sobre a vida após a morte, isto é, sobre a constituição do Mundo Espiritual.
Ao deixar este mundo e passar pelo portão da morte, o homem tem de despir a roupa denominada corpo. Este pertence ao Mundo Material, e o espírito, ao Mundo Espiritual. Quando o corpo, devido à doença ou à idade avançada, torna-se imprestável, o espírito abandona-o e vai para o Mundo Espiritual. Aí ele deve se preparar para renascer no Mundo Material, ou seja, reencarnar. Este preparo constitui o processo da purificação do espírito.
A maior parte das pessoas carrega uma quantidade considerável de máculas, originadas dos pecados. Assim, quando são submetidas ao julgamento do Mundo Espiritual, feito com absoluta imparcialidade, a maioria acaba caindo no Inferno. Devido ao sofrimento da pena imposta, o espírito vai pouco a pouco se elevando, mas os resíduos da purificação dos pecados fluem contínua e incessantemente para os seus descendentes que vivem no Mundo Material. Isso é como uma lei redentora, baseada na causa e efeito, em que o descendente – resultado da soma global dos seus antepassados – arca com uma parte dos pecados cometidos por eles. Trata-se de uma Lei Divina inerente à criação; por conseguinte, o homem não tem outro recurso senão obedecer a ela. Esses resíduos espirituais fluem sem cessar para o cérebro e a coluna vertebral do descendente, e, penetrando em seu espírito, imediatamente se materializam na forma de pus, que é a origem de todas as doenças.
Agora vou falar sobre o segundo tipo de pecados, isto é, os pecados individuais, que todos entendem com facilidade.
Ninguém consegue viver sem cometer pecados. Estes podem ser graves, médios e leves, admitindo cada um desses tipos uma infinidade de classificações. Exemplificando, há pecados contra a lei, contra a moral ou contra a sociedade; pecados de natureza carnal, que se evidenciam nas ações do indivíduo, e também pecados psicológicos, cometidos apenas na mente da pessoa. Conforme disse Cristo, só o fato de desejar a mulher do próximo já constitui crime de adultério. É uma afirmação correta, apesar de bastante rigorosa. Portanto, embora não se esteja violando nenhuma lei, pecados leves cometidos no dia-a-dia, os quais ninguém considera pecados, como ter raiva do próximo, querer que alguém sofra ou desejar adultério, se forem acumulados por longo tempo, acabarão assumindo proporções consideráveis. Vencer uma competição ou alcançar sucesso na vida, condutas que envolvem disputa e acabam provocando a inveja e o conseqüente ódio do perdedor, também constitui uma espécie de pecado, pois envolve o ódio. Matar animais, ser preguiçoso e desperdiçado, agredir as pessoas, não cumprir os compromissos, mentir, dormir demais pela manhã, etc., tudo isso são pecados que as pessoas acumulam sem saber. Essa infinidade de pecados leves, acumulando-se ao longo do tempo, refletem-se no espírito em forma de mácula. É comum pensar que os recém nascidos não possuem pecado algum, mas não é bem assim. Todos os homens, até se tornarem independentes, vivem sob a tutela dos pais e por isso devem dividir com eles a carga dos pecados. Poderão entender melhor este raciocínio fazendo uma analogia com as árvores: os pais constituem o tronco, enquanto os filhos são os galhos, e os netos, os galhos menores. Assim, é impossível as máculas dos pais não exercerem influência sobre os filhos.
Os pecados gerados nesta vida tornam-se bem claros através de exemplos. Vou expor alguns deles.
Conheci duas pessoas que, após enganarem a terceiros, ficaram cegas. Uma delas era um especialista em confecção de painéis chamado Kyoguin, o qual residia em Senzoku-cho, Assakussa, Tóquio. Ele produzia quadros falsos com uma técnica aprimorada e fazia painéis novos parecerem antigos, vendendo os como autênticos. Em poucos anos acumulou considerável fortuna, mas foi acometido de cegueira incurável, vindo, mais tarde, a falecer. Lembro-me de que quando eu era criança ia brincar em sua casa e ouvia as histórias diretamente dele. O outro caso ocorreu em Hanakawa-do, também em Assakussa, onde havia uma casa de móveis e utensílios chamada Hanagame. Certa vez, o bonzo responsável por um templo de Shizuoka expôs em Tóquio a imagem principal do templo. Acontece que a exposição foi um completo fracasso e, ficando sem meios para voltar, ele tomou dinheiro emprestado na Casa Hanagame, deixando a imagem como garantia do pagamento da dívida. Após conseguir o dinheiro, foi devolvê-lo, mas Hanagame, o dono da loja, que vendera a imagem, por altíssimo preço, a um interessado, cinicamente alegou que nunca a tivera sob sua guarda. No auge do desespero, o bonzo acabou se enforcando no teto da referida loja. O proprietário investiu a vultosa quantia obtida com a venda da imagem na ampliação dos seus negócios, que foram de vento em popa. Em pouco tempo ele estava milionário. Entretanto, na velhice, ficou cego e seu herdeiro acabou esbanjando toda a fortuna com bebidas e mulheres. Por fim, em estado lastimável de profunda decadência, Hanagame perambulava pela cidade conduzido por sua mulher, também já idosa. Lembro-me de tê-los visto algumas vezes e de ter tomado conhecimento de sua história por intermédio de meu pai. O que ocorreu, só pode ter sido causado pelo profundo ódio do bonzo.
O exemplo que se segue diz respeito ao reflexo dos pecados dos pais sobre os filhos. Refere-se a uma empregada que eu tive, moça de dezessete ou dezoito anos aproximadamente, a qual era cega de um olho. Perguntando-lhe eu a causa desse problema, ela me disse que o filho de um casal para quem trabalhara havia disparado acidentalmente uma espingarda de pressão, atingindo seu olho. Indagando maiores detalhes, eu soube que o pai dela havia enriquecido vendendo coral falso. No início da Era Meiji, por volta de 1867, utilizando látex, ele fabricara gemas falsas de coral. Levando-as para o interior, conseguira vendê-las a preços altos, como se fossem verdadeiras. Acredito que o ódio das pessoas enganadas se refletiu em sua filha, que acabou perdendo uma vista. Pareceu-me realmente uma pena, pois ela era muito bonita e, se não tivesse esse defeito, teria progredido bastante na vida.
Outro caso é referente a um ancião que veio me procurar por causa de uma dor que sentia no pulso. Ministrei-lhe JOHREI por mais de dez dias, mas ele não apresentava melhora. Intrigado, indaguei-o a respeito de sua fé, e ele me disse que venerava certa divindade há mais de vinte anos. Vendo que estava aí a causa do problema, convenci-o a parar com as orações. A partir desse dia, o ancião começou a melhorar gradativamente; após uma semana, já estava totalmente curado. Portanto, professar uma fé errada ou venerar falsas divindades provoca paralisia ou dores nas mãos, impossibilidade de dobrar os joelhos, etc. Casos desse tipo ocorrem com certa freqüência.
Através dos exemplos citados, podemos ver que não se devem menosprezar nem mesmo os pecados cometidos sem querer. As pessoas que sofrem constantes acidentes ou são acometidas de doenças precisam refletir sobre seus pecados e, encontrando-lhes a causa, regenerar-se imediatamente.




Alicerce do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - A VERDADEIRA CAUSA DA DOENÇA ESTÁ NO “ESPÍRITO”

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Tudo que existe no mundo é composto de matéria e espirito, sendo que a deterioração e decomposição da matéria é causada pelo abandono do espírito. Mesmo em relação às pedras, existe um tipo, chamado pedra morta, que se esfarela com facilidade, e isso também se deve à ausência de espírito. A ferrugem que se forma no ferro tem a mesma causa, podendo-se dizer que ela é o cadáver do ferro. A existência de pouca ferrugem em espadas bastante polidas ou espelhos antigos, explica-se pelo fato de estar impregnado neles o espírito do artesão.
O homem é constituído pela união inseparável do espírito com o corpo físico; a partida do espírito para o Mundo Espiritual constitui aquilo a que chamamos morte. Todos os animais possuem, no centro do espírito, a consciência e, no centro deste, a alma. O tamanho da consciência é 1% do espírito, e o da alma é 1% da consciência. Assim, primeiramente há ação da alma e da consciência; com a ação desta última, verifica-se a ação do espírito e, com esta, a ação do corpo físico. Dessa forma, todas as ações do homem e fenômenos do corpo físico têm origem na alma. Relacionando com o bem e o mal, o corpo físico representa o mal; a consciência, o bem. Da mesma forma, a consciência representa o mal, e a alma, o bem. O repetido atrito entre o bem e o mal gera a harmonia, manifestando-se como força e capacidade de viver.
De acordo com o princípio exposto, o aparecimento da própria doença ocorre numa parte do espírito, que move o corpo material. Apesar de pequena, a alma é auto-elástico: quando o homem está acordado e em atividade, ele toma a forma humana; quando o homem está dormindo, toma a forma esférica. A bola de fogo que se observa muitas vezes por ocasião da morte, é a alma, que, nesse momento, assume o formato esférico, acontecendo o mesmo com a consciência e com o espírito. Essa bola de fogo é ocasionalmente visível porque tem luz. O aparecimento da doença numa parte da alma significa que nessa parte a luz ficou escassa. Isso se reflete na consciência, no espírito e, por fim, no corpo, em forma de doença. Portanto, se não surgirem máculas em seu espírito, a pessoa jamais ficará doente.
Mas por que razão se formam máculas no espírito? Por causa do pecado. Para explicar isso, eu teria de entrar no campo da Religião, de modo que vou parar por aqui e falar apenas sobre a manifestação da doença no corpo físico.
Como eu já disse, se surgem máculas numa parte do espírito (a parte correspondente à região pulmonar, por exemplo), o sangue dessa área fica sujo. E isso não se restringe às doenças pulmonares; praticamente todas as doenças têm essa origem. O princípio da cura deve basear-se na eliminação das máculas do espírito. Entretanto, desconhecendo esse princípio, a Medicina empenha-se em tratar apenas os sintomas que aparecem no corpo, porque só tem conhecimento do efeito, e não da causa do problema. Desse modo, mesmo que se consiga uma pequena melhora, não se obtém a cura completa da doença.
Com o JOHREI, eliminam-se as máculas do espírito através da Luz de KANNON; ao mesmo tempo, ocorre a eliminação das toxinas, e a doença melhora ou desaparece. Por conseguinte, a purificação do espírito reflete-se no corpo, ocasionando a cura da doença. Ainda assim, não podemos afirmar que o mal foi cortado pela raiz. Isso porque, se a alma não foi elevada é impossível estar-se verdadeiramente tranqüilo e seguro. A elevação da alma só poderá ser obtida se a pessoa apreender a correta fé e praticá-la. Esse aprimoramento constitui a prática messiânica. Chegando a esse ponto, a pessoa não cometerá mais pecados; pelo contrário, começará a acumular virtudes. Assim, além de ficar isenta de doenças e desgraças, poderá viver repleta de alegria e obter a graça de uma vida longa e virtuosa. Dessa forma, haverá progresso de toda a sua linha familiar.
Falarei, agora, sobre outro aspecto relacionado ao espírito. Há pessoas que ficam aflitas por qualquer coisa, e outras que estão sempre inseguras e inquietas. Isso acontece porque a sua alma está fraca e a sua resistência aos choques externos é pequena. Os neuróticos, cujo número tem aumentado muito ultimamente, enquadram-se nesse tipo. A causa da neurose são as máculas existentes no espírito; por isso os portadores desse mal são fracos. A maioria possui toxinas solidificadas no pescoço; dissolvendo-se essas toxinas, eles ficarão curados. Quando o mal se agrava, produz-se a insônia. Mesmo após obter a cura, o melhor meio de evitar uma recaída é a pessoa ingressar na Igreja Messiânica Mundial, a fim de que seu espírito seja iluminado pela Luz Divina e não volte a criar máculas.




Alicerce do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - A TRILOGIA DOS ÓRGÃOS INTERNOS E O JOHREI



Os órgãos internos mais importantes para a vida do homem são certamente o coração, os pulmões e o estômago. Como sempre venho expondo, isso decorre da ação de três elementos fundamentais: o fogo, a água e a terra. Em síntese, o coração, os pulmões e o estômago correspondem, respectivamente, a esses três elementos, pois o coração tem a função de absorver o elemento fogo; os pulmões, a função de absorver o elemento água; o estômago, a função de absorver o elemento terra. Mas a explicação dada pela Medicina, até agora, sobre os órgãos em questão, era bastante superficial. No que se refere à purificação do sangue sujo, dizem que ela é decorrente do oxigênio absorvido pelos pulmões, mas é óbvio que apenas isso não atinge o cerne do fenômeno. Vou dar uma explicação baseada na revelação de Deus e para isso devo partir da verdade relativa ao Mundo Espiritual. A existência desse mundo está fora do alcance dos sentidos do homem e corresponde praticamente ao nada, mas na realidade ele é a fonte onde tudo se origina. Sem conhecer isso, é impossível apreender a Verdade.
Já me referi ao princípio do fogo arder pela água e da água se mover pelo fogo. Esse princípio constitui justamente a chave para a solução de tudo. Para explicar o Mundo Espiritual, que é invisível, começarei falando do Mundo Atmosférico. O que a Ciência chama de oxigênio é a essência do fogo; o hidrogênio é a essência da água, e o nitrogênio é a essência da terra. Essas três essências formam uma trilogia, constituindo a natureza de tudo que existe no Universo. Se tanto o calor intenso, como o frio exagerado e a temperatura amena estão apropriados à manutenção da vida, deve-se à força vital desses três elementos extremamente misteriosos. Se, por acaso, conseguíssemos eliminar o elemento água da Terra, ocorreria uma explosão imediata; se eliminássemos o elemento fogo, tudo se congelaria num instante; se eliminássemos o elemento terra, tudo desmoronaria e se tornaria zero. Essa é a Verdade.
Raciocinando nesses termos, poderão compreender o sentido básico do coração, dos pulmões e do estômago. O coração absorve o elemento fogo do Mundo Espiritual através da pulsação. Da mesma forma, os pulmões absorvem o elemento água através da respiração. O estômago absorve o elemento terra pela digestão dos alimentos. Mas vamos aprofundar ainda mais esse princípio.
Para dissolver as toxinas solidificadas, que são a origem de todas as doenças, necessita-se de calor. Esta é a primeira atividade do processo de purificação. Se esse processo constitui os sintomas das doenças, a febre alta, em tal oportunidade, é necessária, para dissolução das toxinas. Ao mesmo tempo, a pulsação torna-se acelerada, para absorver o calor. Quanto ao frio que se sente, é causado pela concentração do calor no local enfermo e pela diminuição temporária da temperatura em outras partes. Da mesma maneira, a respiração se acelera para estimular a atividade do coração, e, para evitar o ressecamento, os pulmões absorvem o elemento água em grande quantidade.
A origem do elemento fogo é a energia emitida pelo Sol; a do elemento água é a energia emitida pela Lua; a do elemento terra, a energia emitida pela Terra. É claro que dos três órgãos que citamos o mais importante é o coração, pois ele movimenta os pulmões, que, por sua vez, movimentam o estômago. De acordo com este raciocínio, não há perigo imediato de vida mesmo que falte alimento ao estômago; entretanto, os pulmões só mantêm a vida por poucos minutos, e para o coração é impossível mantê-la durante mais de alguns segundos. Isso se evidencia por ocasião da morte, que a Medicina atribui, invariavelmente, à parada cardíaca, nada falando sobre pulmões ou estômago. Nesse momento, caracterizado primeiramente pela cessação da atividade do coração, o espírito, isto é, o elemento fogo, que ocupava todo o corpo, abandona-o, e o corpo fica sem calor. Logicamente, isso ocorre porque o espírito retorna ao Mundo Espiritual. Com a parada dos pulmões, o elemento água existente no interior do corpo retorna ao Mundo Atmosférico e o corpo começa a secar. Com a parada do estômago, a ingestão de alimentos torna-se impossível, e começa o processo de endurecimento do corpo. Todos esses fenômenos constituem evidências que atestam a veracidade do que foi exposto.
Portanto, como o corpo humano é formado pela trilogia fogo-água-terra, o método lógico para a erradicação das doenças deve basear-se nessa trilogia. Isso constitui o princípio do JOHREI da nossa Igreja, o qual está baseado no PODER KANNON. Esse poder é a Luz transmitida por Kanzeon Bossatsu, uma luz espiritual, invisível aos olhos humanos. A luz visível, como a do Sol, a das lâmpadas, a do fogo, etc., é o “corpo” da luz. A natureza da luz é resultante da união do fogo e da água, ou seja, é formada pelos elementos fogo e água. E será mais forte quanto maior for a quantidade do elemento fogo. Acontece que a força proveniente da luz constituída apenas por esses elementos ainda é insuficiente, tornando-se necessária a essência da terra. A manifestação da força perfeita da trilogia fogo-água-terra torna-se uma extraordinária força de purificação. As ondas dessa Luz atravessam o corpo, extinguindo as máculas do espírito, o que se reflete no físico, como erradicação da doença.
O meio concreto para se obter o que foi exposto é uma folha de papel dobrada, com a palavra HIKARI, ou seja, LUZ, escrita em letra grande, a qual se usa no peito, pendurada ao pescoço. Nessa palavra está impregnada, de forma concentrada, a energia das ondas de Luz transmitidas através do meu braço para o pincel, e deste para as letras. Assim, a palavra HIKARI está unida, por elos espirituais, à fonte da Luz, situada dentro do meu corpo, a qual lhe transmite ondas incessantemente. É claro que a atividade do elo espiritual que me liga a Kanzeon Bossatsu ocorre de maneira idêntica, e d’Ele me são transmitidas, ilimitadamente, as ondas de Luz para a salvação da humanidade.
Sendo o corpo formado pela trilogia fogo-água-terra, conforme expusemos, poder-se-á dizer que o método purificador das máculas baseado na força dessa trilogia constitui a própria Verdade. É evidente, portanto, que se consegue obter uma força de purificação jamais vista. Apesar da explicação deste princípio ser extremamente difícil, acredito que os leitores tenham conseguido entender até certo ponto como isso se processa.

6 de agosto de 1949
Alicerce do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - O QUE É A DOENÇA? — A GRIPE

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A própria Medicina reconhece que o homem tem, “a priori”, várias toxinas. Elas são eliminadas por um processo fisiológico natural, que nós chamamos processo de purificação. Primeiramente as toxinas se concentram em vários locais, notadamente naqueles onde há mais atividade nervosa. No homem, isso ocorre na metade superior do corpo. Quanto mais próximo do cérebro, maior a concentração, porque, enquanto se está acordado, o cérebro, os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca, etc., trabalham ininterruptamente, mesmo que os braços e as pernas estejam em repouso. Portanto, as toxinas tendem a se concentrar nos ombros, no pescoço, nos gânglios linfáticos, no encéfalo, na parótida e em outros pontos. Com o passar do tempo, elas vão se solidificando gradualmente. Quando o acúmulo ultrapassa determinado limite, começa o processo de purificação. Aí podemos ver o benefício que a Natureza nos proporciona. A solidificação das toxinas provoca má circulação sangüínea, rigidez dos ombros e do pescoço, dor de cabeça acompanhada de sensação de peso, diminuição da capacidade visual, auditiva e olfativa, entupimento do nariz, inflamação dos alvéolos, enfraquecimento dos dentes, falta de fôlego, flacidez dos músculos dos braços e das pernas, dor nos quadris, inchação, etc. Tais fatores determinam uma acentuada diminuição da atividade, de modo que o homem fica impossibilitado de cumprir sua missão. Foi justamente por isso que Deus criou o excelente processo de purificação denominado doença.
Conforme dissemos, se a doença é o sofrimento decorrente da eliminação de toxinas, ela é processo de purificação do sangue, indispensável à manutenção da saúde. Portanto, podemos considerá-la a maior bênção que Deus nos concedeu. Se a eliminarmos, o homem irá enfraquecendo gradativamente e, por fim, estará até ameaçado de extinção. Os leitores poderão achar que se trata de uma incoerência, pois eu sempre afirmo que construirei um mundo sem doenças. Entretanto, não há nenhuma incoerência em minhas palavras, visto que, se o homem se livrar das toxinas, não haverá mais necessidade de processo purificador; conseqüentemente, as doenças desaparecerão. Vou expor minha teoria de maneira mais aprofundada e de modo a facilitar ao máximo sua compreensão.
Logo que uma pessoa contrai gripe, sobrevém-lhe a febre. Para facilitar a eliminação das toxinas, a Natureza faz com que elas se dissolvam através do calor. Na forma líquida, as toxinas infiltram-se rapidamente nos pulmões. Trata-se de um processo realmente misterioso. Do mesmo modo, quando as dissolvemos através do Johrei, elas penetram imediatamente nos pulmões, atravessando os músculos e até os ossos. Se as toxinas se encontram solidificadas em um ou dois pontos, as doenças são leves, mas estas se agravam na medida em que é maior o número de pontos. É por isso que uma gripe que a princípio parecia fraca, vai se agravando cada vez mais. No caso de serem pouco densas, as toxinas liquefeitas são eliminadas imediatamente, na forma de catarro; ao contrário, quando sua densidade é maior, ficam temporariamente nos pulmões, aguardando a ação de bombeamento denominada tosse, e aí são eliminadas pelas vias respiratórias. Isso se evidencia pelo fato de a tosse ser sempre seguida de catarro. Obedecendo ao mesmo princípio, o espirro vem sempre seguido de secreção nasal. Assim, as dores de cabeça e de garganta, a inflamação dos ouvidos, dos gânglios linfáticos, das articulações dos pés, das mãos e da região inguinal decorrem da dissolução das toxinas e do seu deslocamento em busca de saída do corpo. Esse movimento pressiona os nervos, provocando a dor.
As toxinas líquidas estão divididas em concentradas e diluídas. As concentradas são eliminadas na forma de catarro, secreção nasal, diarréia, etc., e as diluídas, na forma de suor e urina. A ação purificadora se processa de modo tão natural, que não podemos deixar de louvar a Providência do Criador. Foi Deus que criou o homem, e por isso não haveria razão para lhe proporcionar sofrimentos e atrapalhar sua atividade através da doença. O ser humano precisa estar sempre saudável, mas ele próprio cria toxinas e, com base em teorias errôneas, faz com que elas se acumulem, surgindo então a necessidade de eliminá-las. Eis, portanto, o que é a doença. No caso da gripe, se a deixarmos desenvolver-se sem nenhuma interferência, por conta da Natureza, a purificação decorrerá normalmente e a cura será completa, aumentando, assim, a saúde da pessoa.
Por incrível que pareça, e não se sabe desde quando, o homem interpretou de maneira inversa o referido processo de purificação. Dessa forma, quando a doença se declara, ele emprega todos os recursos para estancá-la. Confundindo-se no tocante às dores do processo, acha que elas são decorrentes do agravamento da doença. Baseado nisso, trata de fazer baixar a febre. Com a diminuição desta, interrompe-se a dissolução das toxinas e diminuem os sintomas, como a tosse, o catarro e outros. Parece, então, que está ocorrendo a cura. Em outras palavras, faz-se retornar ao estado sólido as toxinas que tinham começado a se dissolver. Essa solidificação é promovida pelos tratamentos médicos, entre os quais se inclui a aplicação de compressas, bolsas de gelo, remédios, etc. Quando ocorre a completa solidificação das toxinas e desaparecem os sintomas, as pessoas ficam contentes, julgando-se curadas. Mal sabem elas que estão prendendo a mão que executaria a limpeza de seu corpo. E os fatos o comprovam. Fala-se muitas vezes em recaída, mas esta nada mais é que o resultado do choque entre duas ações: a do corpo, que procura executar a purificação, e a do tratamento, que tenta impedi-la, provocando, assim, o prolongamento da doença. Isso pode ser constatado pela reincidência da gripe que se pensava ter sido curada. Posso afirmar, portanto, que o tratamento médico é apenas uma forma de adiar a doença e não de curá-la. O verdadeiro processo de cura consiste em eliminar as toxinas do corpo, purificando-o, ou seja, acabando com a causa da doença.
A verdadeira Medicina é aquela que, ocorrendo o processo purificador, acelera a dissolução das toxinas e faz com que elas sejam eliminadas na maior quantidade possível. Não há outro tratamento além deste.

15 de agosto de 1951
Alicerce do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - A VERDADEIRA CAUSA DAS DOENÇAS

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Já me referi, anteriormente, à existência de vários tipos de toxinas no corpo do homem desde o seu nascimento. Devido a essas toxinas é que ele não consegue manter plena saúde, e por isso seu corpo é feito de maneira que lhe possibilite eliminá-las fisiologicamente. A tal fenômeno denominamos processo natural de purificação. Quando ele ocorre, sobrevêm sofrimentos de certo nível, e essa fase de dor e mal-estar constitui aquilo que se chama de doença. Para explicar tal fenômeno, vamos tomar como exemplo a doença mais comum, ou seja, a gripe, pois não há uma única pessoa que não a tenha contraído. A Medicina ainda desconhece suas causas, mas, segundo descobri, ela é uma das mais simples formas da ação purificadora, vindo acompanhada de sofrimentos como febre, dor de cabeça, tosse, escarro, catarro, perda de apetite, suor, indisposição, etc.
Antes de mais nada, o que vem a ser o processo de purificação? A grosso modo, ele compreende duas etapas. A primeira consiste na concentração e solidificação das diversas toxinas contidas no sangue em diferentes pontos do corpo, especialmente os locais de grande atividade nervosa e as partes que ficam em posição inferior quando o corpo se encontra em repouso. Com o passar do tempo, as toxinas concentradas vão endurecendo, o que vem a ser causa de enrijecimento dos músculos. Às vezes não há sofrimento algum: quando muito, rigidez nos ombros. A segunda etapa da purificação começa quando a solidificação ultrapassa determinado nível, sobrevindo aí o processo natural de eliminação. Para facilitá-lo, surge uma ação destinada a dissolver as toxinas, isto é, a febre.
O grau da febre depende não só da natureza, quantidade e rigidez das toxinas, mas também da própria natureza do doente. Muitas vezes, a febre aparece como resultado do cansaço, após a prática de exercícios físicos, pois estes aceleram o processo de purificação. As toxinas liquefeitas são eliminadas na forma de suor, catarro, secreção nasal, etc. A tosse e o espirro são como ações de bombeamento: a primeira, para eliminação de catarro; o segundo, para eliminação de secreção nasal. Isso se tornará bastante claro se observarmos que realmente eliminamos catarro quando tossimos, e secreção nasal quando espirramos. Por outro lado, a perda de apetite é causada pela febre, pela tosse e pelos medicamentos. As dores de cabeça e nas juntas são decorrentes da dissolução das toxinas existentes nesses pontos, as quais excitam os nervos no momento de sua eliminação em estado líquido. A dor de garganta ocorre porque as toxinas contidas no catarro irritam a mucosa que a reveste, ocasionando sua inflamação; a rouquidão baseia-se no mesmo princípio, sendo causada pela inflamação das cordas vocais.
Eis, portanto, o que é a gripe. Não há necessidade de tratamento algum; basta a pessoa deixar seu organismo em paz, sem tomar medicamentos, que em poucos dias, terminado o processo de purificação, estará curada. Desde que a cura seja natural, com a redução de toxinas, a saúde aumentará.
Apesar da gripe ser altamente recomendável, por constituir o mais simples processo de purificação, as pessoas a temem, e a Medicina chega a dizer que preveni-la é a condição número um para não contraí-la. Os leitores precisam compreender que isso é um grande erro. Desde a antigüidade acredita-se que a gripe é a origem de mil doenças, mas na verdade ela é a única maneira de se escapar a essas mil doenças. Desconhecendo-lhe a causa, a Medicina toma várias medidas quando a pessoa fica gripada, todas elas no sentido de deter o processo purificador. Tais medidas começam com a tentativa de baixar a febre através de medicamentos antitérmicos, bolsas de gelo, compressas e outros meios. Isso faz com que o processo de purificação retroceda ao primeiro estágio, ou seja, que as toxinas que começaram a ser dissolvidas voltem a se solidificar. Com a solidificação, a pessoa sente-se aliviada dos sofrimentos causados pela febre, escarro, secreção nasal, etc., e tanto ela como o médico têm a ilusão de que a gripe está melhorando. Quando ocorre a solidificação completa, pensam que a cura está selada. Na realidade, porém, voltou-se à situação anterior; logo, é natural que haja uma recaída.
Chamo atenção para o fato de que os tratamentos baseados em antitérmicos, bolsas de gelo, compressas e outros semelhantes, detendo o processo purificador, constituem a causa de sintomas mais intensos nas próximas doenças que o indivíduo contrair. Pode-se compreender, portanto, que as doenças graves são causadas pela repetida interrupção dos processos purificadores de menor intensidade, através da utilização sucessiva de remédios, o que aumenta o acúmulo de toxinas, tornando necessária a ocorrência de um processo purificador muito intenso.

5 de fevereiro de 1947
Alice do Paraíso. Vol.3

PROCESSO DE PURIFICAÇÃO - O QUE É A DOENÇA


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Todos os homens, sem exceção, possuem toxinas hereditárias e adquiridas. Toxinas hereditárias são as que se herdam dos pais, e toxinas adquiridas são as dos medicamentos tomados após o nascimento. Talvez achem estranha tal afirmação, pois normalmente se acredita que os medicamentos existem para curar as doenças e restabelecer a saúde.
É crença geral que com a obtenção de melhores remédios se conseguirá resolver o problema da doença, sendo este o principal objetivo dos tratamentos médicos. Todos sabem que especialmente os Estados Unidos têm voltado sua atenção para esse aspecto, concentrando grandes esforços na descoberta de novos medicamentos. Ora, se os remédios possibilitassem a cura das doenças, estas deveriam diminuir gradualmente; por que, então, ocorre justamente o inverso? Não há contradição maior.
Por natureza, na Terra não existe nada que se possa chamar de remédio. O que há são produtos tóxicos que, justamente por isso, fazem efeito. Com a ação do veneno chamado remédio verifica-se uma diminuição dos sintomas da doença, dando a impressão de que houve cura; não se trata, porém, de cura verdadeira.
Mas por que os remédios são venenos?
Quando criou o homem, Deus criou também os alimentos, para manutenção da sua vida. A eles, atribuiu sabor, e ao homem, o sentido do paladar. Portanto, basta a pessoa comer com satisfação aquilo que desejar, para estar nutrida. Só de atentarmos para esse aspecto, perceberemos a perfeição do Criador. Assim, a expressão correta é “o homem vive pela alimentação”, e não “o homem se alimenta para viver.” É o mesmo que acontece com a procriação: apesar do homem e da mulher se unirem por motivos que não são especificamente esse, dessa união resultam filhos, o que constitui um grande mistério.
Em conseqüência do que acabamos de dizer, as funções orgânicas do homem não estão habilitadas a eliminar de maneira completa as substâncias que não são determinadas como alimentos. Encontram-se neste caso os tóxicos dos medicamentos. O mais agravante, no entanto, é que esses tóxicos se concentram em vários pontos do organismo e, com o passar do tempo, acabam se solidificando. Isso se restringe às regiões de atividade nervosa, tal como a parte superior do corpo, principalmente do pescoço para cima. Mais especificamente, o cérebro, seguido pelos olhos, ouvidos, nariz, boca, etc. Antes, porém, as toxinas se solidificam nas proximidades do pescoço, razão pela qual as pessoas sentem nódulos nesse local e nos ombros. Quando elas atingem certo nível, ocorre o processo natural de eliminação, ou seja, a ação purificadora. Nesse caso, as toxinas se dissolvem devido à ação da febre, sendo eliminadas através de tosse, catarro, escarro, suor, urina e outros meios. A isso denominamos gripe; logo, esta é um processo de eliminação de toxinas. Embora seja um pouco penoso, basta a pessoa suportar e deixar a Natureza agir. Com a eliminação das toxinas, o corpo ficará limpo e obter-se-á a cura. A gripe, portanto, é a mais simples ação fisiológica criada pela Divina Providência, e por ela devemos ter gratidão. Ignorando isso, o homem interpreta mal os sofrimentos e as dores da purificação e, para cortá-los, inventou os tratamentos médicos.
Quanto maior a vitalidade da pessoa, mais facilmente ocorrerá a ação purificadora. Para impedi-la, basta enfraquecer essa vitalidade. Daí a utilização do veneno denominado remédio. Desde a antigüidade, ele é extraído de ervas, raízes, cascas de árvores, minerais, vísceras de animais e outras fontes, sendo aplicado sob diversas formas, como chás, pós, medicamentos líquidos, comprimidos, ungüento, injeções, etc. Aplica-se o veneno em pequenas doses, várias vezes ao dia; se as doses forem grandes, coloca-se em risco a vida da pessoa. É considerado bom remédio aquele cujo veneno é razoavelmente forte, mas não a ponto de causar intoxicação.
Através de medicamentos venenosos, o homem veio solidificando toxinas que estavam para ser eliminadas, podendo-se imaginar a grande quantidade de toxinas que o homem moderno possui em seu corpo. Dessa forma, ele se torna uma presa fácil das doenças, fato evidenciado pelo aparecimento da medicina preventiva e pelo temor da gripe. Por outro lado, as pessoas estão contentes porque a vida média do ser humano alcançou a casa dos sessenta anos. Grande erro, pois, se conseguir libertar-se das doenças, o homem poderá viver tranqüilamente por mais de cem anos. A morte antes dessa idade é antinatural; uma vez livre das doenças, ele morrerá de morte natural e, obviamente, sua vida irá se prolongar.
Os tratamentos médicos, por conseguinte, não curam as doenças; simplesmente minoram durante algum tempo seus sintomas. Todos os tratamentos recomendados – repouso absoluto, aplicação de compressas, ungüentos, bolsas de gelo, eletricidade, banhos de luz e outros – são métodos para solidificar as toxinas. Entre eles, diferem um pouco os tratamentos por meio de calor e a moxa, mas estes apenas conduzem as toxinas para determinado ponto. Através do estímulo do calor consegue-se alívio, mas, com o passar do tempo, elas voltam à sua posição original. Portanto, o único método que promove a verdadeira cura das doenças é aquele que dissolve e elimina as toxinas.
1o de janeiro de 1953
Alicerce do Paraíso. Vol. 3