Consta que o dízimo, sobre o qual o Antigo Testamento traz várias referências,
é praticado desde o tempo de Abraão. Em obediência à Revelação Divina, instituiu o dízimo, que
consiste em oferecer sempre a Deus a décima parte da renda, vivendo as pessoas com apenas nove
décimos dela, em vez de dispor da totalidade da renda. Não foi, portanto, invenção do homem que
depois se tornou costume. Como prova disso, diz-se que praticando o dízimo a pessoa sempre
receberá a graça, não somente no aspecto espiritual como no aspecto
material, do que se vivesse com a totalidade da renda.(...)
As pessoas que o praticam fielmente confessam que quanto mais se oferece a Deus mais
a vida se torna melhor: por incrível que pareça diminui o número de doentes, o lar se torna mais
harmonioso, os gastos são reduzidos, surgem rendas extras, etc.
Há muito tempo atrás, havia na Inglaterra um homem chamado Marshal, que tinha uma editora, e
quando ele linha 18 anos, ouviu falar do dízimo e concordou com a idéia, passando logo
a praticá-Io. Passados alguns anos, certa pessoa lhe veio com uma tese contrária, e ele ficou numa
dúvida muito grande. Então ele orou a Deus e disse: "Deus, eu vim praticando o dízimo até hoje,
acreditando ser este nada mais que nossa obrigação, mas agora eu encontrei uma pessoa que
sustenta ser ele desnecessário, e meu coração está balançando. Assim, se é que o dízimo é uma
prática correta, mostre um sinal que o confirme, para me orientar".
Como justamente nessa época o célebre Marquês de Wellington havia falecido e estava
para ser realizado o funeral, Marshal imprimiu o programa do funeral e o vendeu. A demanda foi tanta
que ele lucrou bastante. Fazendo o cálculo posteriormente, ele descobriu que o lucro líquido era
exatamente igual ao valor total do dízimo que ele pagou a Deus desde quando tinha 18 anos até
aquele dia, sem um centavo de diferença. Ele sentiu que por trás desta coincidência estava Deus a
mostrar o Seu propósito, e desde então não teve mais um pingo de dúvida, e
empenhou-se mais ainda a praticar o dízimo.
Em Chicago, Estados Unidos, há um empresário que usa o pseudônimo de Rayman, e na qualidade
do mais dedicado defensor do dízimo, por quarenta anos vem distribuindo panfletos relacionados com
o assunto, pagando as despesas do seu próprio bolso, empenhando-se na divulgação desta doutrina.
Este Sr. Rayman manda também cartas para pessoas dos mais variados setores, dizendo:
"Eu acredito que o dízimo traz a bênção espiritual e material para quem o oferece, mas você conhece
alguém que por ter pagado o dízimo, tornou-se menos feliz, menos filantropo e menos próspero que
antes? Em caso afirmativo, favor mandar a notícia", e recebeu mais de dez mil respostas, mas todos
concordavam com Rayman e diziam: "Não conheço tal pessoa".
Só algumas cartas traziam notícias sobre as pessoas que não estavam vivendo bem desde que
pagaram o dízimo. Ele pesquisou estes casos mais detalhadamente, e constatou que havia
outras razões para que isso acontecesse. (...)
Em tempo: o dízimo, ou seja, a décima parte, indica a taxa mínima; quanto mais se oferece a Deus,
maior será a graça. Em suma, deve-se ter a fé de que todos os seus bens
são propriedades de Deus e nós não passamos de guardadores do patrimônio divino.
Agora, na Messiânica, o dízimo significa receber a graça de Deus 10 vezes maior. (...)
(Paraíso Terrestre, n° 46 - Edição de 25 de março de 1953